Por Adelmo Rocha | 28/10/2025. Brasília, 28 de outubro de 2025 – Após a reunião
entre Lula e Trump na Cúpula da ASEAN (26/10), na qual o presidente brasileiro
pediu a suspensão das tarifas de 50% e das sanções Magnitsky, analistas se
questionam: um acordo com Trump pode enfraquecer o bolsonarismo? Como destacado
no artigo anterior, Lula vincula tarifas e sanções para consolidar sua posição
rumo a 2026. Mas, se o acordo for concretizado, o que isso representa para a
direita brasileira?
O Cenário de um Acordo
Durante sua visita à Malásia, Lula solicitou “alívio imediato” das sanções
contra Alexandre de Moraes, enquanto Trump autorizou negociações com prazo de
“semanas” (Planalto, 26/10). Fontes do Departamento de Estado indicam que a
suspensão das sanções está condicionada a garantias de imparcialidade no STF.
As tarifas, que geram um prejuízo de US$ 5 bilhões ao Brasil, também estão em
pauta, com impactos diretos no agronegócio (CNI).
Impacto no Bolsonarismo
Os bolsonaristas apostam em Trump como aliado para “libertar” Jair Bolsonaro,
preso com tornozeleira desde 2024. No X, @FlavioBolsonaro (27/10) acusa: “Lula
negocia a entrega do STF para salvar tarifas”. Se as sanções forem suspensas, a
narrativa de “perseguição internacional” perde força, enfraquecendo o núcleo
radical (30% da direita, Quaest). Moderados, como Tarcísio de Freitas (30% de
intenção de voto), podem se beneficiar desse cenário, embora enfrentem a
resistência de Eduardo Bolsonaro, exilado nos EUA.
O Custo Político
Lula, com 50% de aprovação (AtlasIntel), usa o acordo para se apresentar como
“defensor da economia”. Por outro lado, setores da direita fazem críticas: “É
submissão aos EUA” (@AllanLSD). O sucesso da estratégia depende das negociações
iniciadas ontem (27/10), lideradas por Vieira e Rubio.
No próximo artigo: Lula usa tarifas como arma política para
bloquear a direita em 2026?

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